O primeiro semestre passou num instantinho, e, de tantas coisas que fiz, conto algumas nesse texto
Foto: Tamiris Alves
O tempo está voando e a intensidade de 2022 está dentro do previsto. Mas como, pessoalmente, sabia que este seria um ano decisivo coletivamente - para nós, brasileiros e brasileiras - e individualmente, estou atento aos cuidados para que corpo e mente estejam saudáveis. Pelo que me parece, está funcionando.
Fato é que o primeiro semestre correu e acho importante registrar alguns acontecimentos por aqui, já que a interação e a absorção de informações na rede social me parecem cada vez mais efêmeras. Participo de muitos projetos (incríveis) ao mesmo tempo e, se bobear, esqueço de mostrá-los com a devida atenção.
Novo álbum da K2
Dia 31 de janeiro lançamos o EP Tem que ter amor (mas também tem que ter luta), mais uma pepita da nossa discografia - caso você esteja me conhecendo agora, sou guitarrista da banda poços-caldense K2, desde 1998. O álbum, que teve pré-produção do mestre Marcos Gauguin em Belo Horizonte, marca o aniversário de 24 anos de nossa carreira, com 4 faixas, nas quais canto e toco as guitarras. A faixa título foi composta por mim em parceria com Rafael Moreira, irmão de vida e caminhada nas bandas 2°DP e Macaxeira. Eu me sinto amado, Causo de primo (em homenagem ao meu primo Mb2) e Cai no mundo também são composições minhas, selecionadas especialmente para este trabalho. Juntamente com Douglas Maiochi (bateria) e Diego Ávila (baixo), assino a produção. O disco foi mixado pelo craque Bruno Buarque. Recomendo!
O show oficial de lançamento rolou no Julho Fest 2022, em praça pública, e recentemente circulamos esse repertório em escolas e instituições socio-educativas de Poços de Caldas com o projeto K2 na Escola. Pelo instagram/bandak2 é possível acompanhar os registros de foto e vídeo. Aproveita para seguir a gente por lá!
Depois daquele Carnaval no Som a Pino
No começo de março lancei, em parceria com o selo YES, TUPI, a música Depois daquele Carnaval, single do meu primeiro álbum, Matutando Sonho. A repercussão foi maravilhosa, sendo um "abre-alas" do que está por vir. Além de ser destaque no programa Esquinas de Minas, da querida Flávia Moreira, na Rádio Inconfidência, nosso xodó aqui em MG, fiquei extremamente feliz e emocionado quando ouvi a Roberta Martinelli anunciando essa música em seu programa Som a Pino, na rádio Eldorado, no dia 15 de junho. Ouvir uma composição minha em uma rádio tão qualificada e de grande audiência, em meio a canções de Cazuza, Almério, Céu, Ava Rocha, Cartola, e Xênia França é de chorar de alegria. E foi o que aconteceu. Que seja a primeira de muitas vezes nesse programa que eu sou tão fã! No link abaixo é possível ouvir na íntegra - a música aparece ali pelos 17:40.
Abrindo caminhos com iúna
Em 2018 - se não me engano - topei, junto do rapper e beatmaker Dough Leve, do produtor Renan Moreira, e do músico Diego Ávila, produzir o trabalho de outro grande amigo, cantor e compositor: Renato Albino, o iúna. Renatinho, como o chamamos, tem uma linda trajetória na música, transitando do Reggae ao Samba Rock, do Rap ao Dub, sempre buscando se aprofundar na pesquisa dos ritmos da cultura popular brasileira. Eu o considero um MC que une os universos rural e urbano, inserindo o cuidado com a Natureza como - é preciso dizer o óbvio - a chave de nossa sobrevivência neste planeta. Letras ricas em referências e provocações pertinentes ao nosso tempo.
Após realizarmos o show Canto para todos os cantos em espaços improváveis - feiras livres, casas de passagem, presídio - encaramos o desafio de gravar o primeiro disco de sua carreira. Abrindo Caminhos foi produzido e gravado em Poços de Caldas, viabilizado pela Lei Aldir Blanc Estadual - MG. Participo como guitarrista em todas as faixas, gravando também violões, teclados e backing vocals. Tenho um carinho muito grande por essa realização e recomendo o play em todas as plataformas!
Debater e construir
Um dos momentos mais importantes do meu primeiro semestre foi a construção e realização da IV Conferência Municipal de Cultura de Poços de Caldas, a frente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC). Além de ser um mecanismo obrigatório do Sistema Municipal de Cultura - com periodicidade definida - a Conferência também atende a uma demanda da classe artística e cultural da cidade que necessita de avaliar e redimensionar a atuação da Secretaria Municipal de Cultura, a partir das metas do Plano Municipal de Cultura (PMC). Ou seja, oficialmente, é preciso analisar coletivamente como está sendo executado o PMC e atualizar os objetivos para que os apontamentos do setor sejam contemplados. Os vídeos de todas as atividades estão, na íntegra no canal Poços Curte em Casa.
Nesse sentido, contribuí também como mediador em uma das mesas do Fórum Temático: Políticas Públicas para as culturas populares, ao lado de Ciça Pereira (empresária, pesquisadora e produtora), Gabriela Gonçalves (conselheira da Câmara da Cultura Popular), Ricardo Fonseca Oliveira (secretário de Turismo) e Carlos Eduardo Almeida (secretário de Promoção Social).
Coordenar todo esse processo, junto de pessoas extremamente comprometidas, foi minha última atividade enquanto conselheiro e presidente do CMPC, espaço que ocupei ao longo dos últimos 8 anos. O novo Conselho (2022-2025) será empossado e tem toda minha torcida.
Vem vindo...
O disco Matutando Sonho está pronto, finalizado e chegando nas plataformas no próximo dia 7 de outubro - um lançamento YES, TUPI. Sabemos que o período é de muitas disputas de narrativas, uma verdadeira enxurrada de informações (e fake news), mas acredito muito na Música como um caminho de nos encontrarmos enquanto indivíduos e comunidade. Como diz uma das canções inéditas: "sozinho se alcança, mas junto tem mais graça". Vem vindo um álbum feito com todo meu amor e dedicação, uma nova fase da minha carreira. Conto com vocês nessa nova jornada!
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